“Fiquei sabendo através da minha página na internet, onde me chamou atenção a publicação por se tratar de um evento de grande porte. E eu fiz um comentário onde questionei a procedência do financiamento desse grande evento, afinal, é fato que a saúde de Rondônia não alcançou 100% de melhorias e que os problemas continuam intermináveis”, declarou o deputado.
O deputado ressaltou que os corredores do Hospital João Paulo II ainda estão lotados de pacientes sendo atendidos no chão, citou a questão das listas de pessoas que aguardam por exames e cirurgias, algumas, em razão da demora, segundo Jesuíno, acabaram vindo a óbito.
“Com a saúde em uma situação dessa, a realização um evento desse porte é dar um tapa na cara da sociedade. E não sei se algum deputado foi convidado, mas foi uma noite de gala. Mas eu vou apresentar requerimento para esta Casa solicitar informações sobre a organização dessa festa”, afirmou o parlamentar.
Em aparte, o deputado Airton Gurgacz (PDT) explicou que esteve na Sesau nesta terça-feira e ao falar sobre o assunto, foi informado que a festa foi realizada por meio de uma cota entre todos os servidores e que lhe foi assegurado que não existiu qualquer envolvimento de dinheiro público.
Segundo Gurgacz, médicos contribuíram com maiores valores e que a festa teve como objetivo dar uma injeção de ânimo aos servidores do Estado. “Sabemos que a saúde pública não é brincadeira, tem problemas sérios, mas pelo que me informaram, foi uma forma de estimular os trabalhadores”, disse Follador.
Jesuíno Boabaid disse que aguardará que a Sesau responda seus questionamentos de forma oficial.
“Me parece que o lugar onde foi realizada a festa, se não me engano, são R$ 21 mil. Lembrando que não temos o pagamento da insalubridade dos servidores, o Plano de Carreira, Cargos e Salários dos trabalhadores da saúde está engavetado até hoje, vivemos uma situação precária nos nossos hospitais de responsabilidade do Estado, enfim. Quando chegar todas as informações sobre a organização da festa eu publicarei e tornarei pública, se teve ou não algum vínculo com a Sesau ou qualquer outro gestor público”, concluiu Boabaid.
ALE/RO – DECOM – Juliana Martins
Foto: Gilmar de Jesus