Na noite de quarta-feira (14) o deputado Jesuíno Boabaid (PMN) explicou detalhadamente seu pronunciamento se declarando contrário à intenção do presidente da Assembleia Legislativa, Maurão de Carvalho (PMDB) em abrir mão de R$ 3 milhões do orçamento do Poder Legislativo para que o dinheiro fosse encaminhado para o governo do Estado. A quantia seria para completar o montante do recurso que o Executivo precisa para encaminhar o Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para votação na Casa de Leis.
Após matéria publicada em um site de notícias, vários internautas passaram a conotar que Boabaid estaria contra o PCCS da Polícia Civil. O parlamentar afirmou que sempre vota a favor dos servidores. “Mas recurso para pagar os servidores não tem, e agora a gente vai abrir mão de R$ 3 milhões?”, indagou.
Jesuíno disse, ainda, que se sobrar dinheiro na Assembleia Legislativa, não deve apenas ser para pagamento de servidores, mas sim para que seja investido na Saúde, Educação e Segurança Pública. Ele lembrou que delegacias estão sucateadas, inclusive com falta de água mineral para o consumo dos policiais militares.
“Nós parlamentares precisamos parar de ser responsabilizados por ações inadequadas do governo, que não consegue ajustar o orçamento”, pontuou.
Jesuíno disse ser pró-servidor e pró-Estado. “Todas as matérias que estão chegando aqui estão sendo votadas pelos deputados”, assegurou.
Desde o início do manifesto por parte dos policiais civis, Boabaid já havia se declarado solidário à causa, explicando ser de conhecimento público sua trajetória árdua em protestos, liderando ações que findaram em sua expulsão da Polícia Militar.
“Sei que o PCCS é de grande importância para a Polícia Civil, e é claro que todos os servidores são merecedores deste direito, porém, a Assembleia Legislativa não pode assumir promessas feitas pelo governador”, afirmou Boabaid.
ALE/RO – DECOM – [Assessoria]
Foto: Ana Célia
