Em entrevista, Jesuíno Boabaid defende militarização de escolas públicas

Notícia

O deputado Jesuíno Boabaid (PMN) participou do programa Fala Porto Velho, apresentado por Jonatas Trajano, na Rádio Boas Novas 600 AM KHZ. O parlamentar abordou temas como segurança pública, militarização de escolas Estaduais e energia elétrica. Respondeu, ainda, a questionamentos feitos por ouvintes.

O primeiro tema abordado foi a militarização de algumas escolas estaduais em todo o Estado. O radialista conversou com Boabaid sobre a realidade da educação em Rondônia.

“Já fiquei sabendo de um caso onde o professor chamou a atenção de um aluno e acabou sendo ameaçado por isso”, disse. Para Trajano, a militarização trará segurança aos professores.

Trajano relatou, ainda, que certa vez uma mãe o procurou para relatar que o seu filho teria ido ao banheiro da escola e encontrado alguns alunos usando drogas. Os usuários ofereceram o entorpecente ao estudante.

Boabaid disse que a militarização ajudará a reduzir consideravelmente o índice de uso e venda de drogas nas dependências das escolas que possuem este histórico. “O ideal é que se zere esse índice”, acrescentou o parlamentar.

Boabaid declarou, também, que a quantidade de policiais militares que atuaram nas futuras escolas militarizadas será definido após discussão, levando em consideração os crimes que acontecem nas instituições, bem como a quantidade de estudantes existentes.

“Com a militarização das escolas a sociedade só tem a ganhar. Os alunos receberão doutrinas e serão cidadãos responsáveis. Se dependesse de mim, a militarização já teria sido instalada em várias escolas do Estado”, afirmou.

 

Segurança

Jesuíno contou que visitou algumas cidades e distritos, onde encontrou, por várias vezes, delegacias sucateadas, sem a mínima condição de abrigar militares para que pudessem desempenhar seus trabalhos de forma digna.

O deputado disse que o orçamento atual, de R$ 11 milhões, é pouco para que a Polícia Militar se mantenha. O valor é gasto nos mais diversos fins, desde pagamento de combustível a armamento.

Ele afirmou, ainda, que o valor necessário para que a Segurança pudesse respirar, é de R$ 26 milhões. Outro local que Jesuíno disse que está em precárias condições é o prédio do Instituto Médico Legal, em Porto Velho.

Atualmente o Estado conta com o efetivo da Polícia Militar de aproximadamente 5.300 homens na ativa, sendo que o necessário para uma boa segurança pública é de 8.400 policiais militares. “A fronteira é muito extensa e vulnerável ao tráfico de drogas, armas e demais materiais contrabandeados”, concluiu.

 

Invasão de terras

No que se refere às invasões de terra que estão ocorrendo no Estado, Boabaid afirmou que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) incentiva essa prática.

Ele citou que o agricultor que recebe terra para plantar café, por exemplo, e não faz o devido cultivo, acaba recebendo um mandado de desapropriação e alguns membros do Movimento dos Sem Terra (MST), ou até mesmo Liga dos Camponeses Pobres (LCP) ficam sabendo que os lotes estão passíveis de desapropriação e os invadem.

“Muitas vidas estão se perdendo devido a este conflito agrário que vem ocorrendo. Os invasores matam animais, entram em atrito com funcionários de fazenda e muitas vezes isso termina em morte”, relatou.

 

Energia elétrica

O radialista Jonatas Trajano conversou com Boabaid sobre o fato de Rondônia possuir duas usinas e mesmo assim a população pagar uma absurda tarifa de energia elétrica.

Em seguida, leu a pergunta de uma ouvinte, que relatou ao parlamentar ter sofrido prejuízos com quedas de energia. Ela perguntou se poderia ser ressarcida pela Eletrobras.

Boabaid afirmou que ela deve ser ressarcida pelos prejuízos. O parlamentar afirmou, também, que notificará a Eletrobras para que seja inserido na fatura a mensagem deixando o consumidor ciente de que será ressarcido caso haja prejuízo com a queima de aparelhos devido quedas de energia.

“Salvo engano a Eletrobrás compensa o consumidor prejudicado com desconto nas faturas, mas de qualquer forma, o aviso é necessário” disse.

 

Multa

Um tema que se tornou polêmico na última passada, foi Boabaid sugerir que seja descontado o valor de R$ 1 mil reais de cada deputado que registrar presença no plenário da Assembleia Legislativa e que na hora da votação estiver ausente, salvo sob justificativa plausível.

“Os parlamentares recebem um bom salário e devem cumprir seus deveres na casa de Leis. Devem ainda honrar e respeitar cada voto recebido da população”, concluiu o Deputado, já na fase final do programa.

 

ALE/RO – DECOM – [Assessoria]
Foto: Assessoria

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