O deputado Jesuíno Boabaid (PMN), recebeu em seu gabinete, o morador e Presidente da Associação dos Moradores e Produtores Rurais da Comunidade Paulo Leal (Ascopale), Francisco Geraldo de Lima, e trataram sobre os impactos ambientais e financeiros que o aumento das cotas da Usina de Santo Antôno trata à comunidade, caso seja aprovado na Assembleia Legislativa. A comunidade está localizada a aproximadamente 23km do perímetro urbano da capital, seguindo pela BR-364 sentido Rio Branco.
Durante a visita, o morador questionou o parlamentar sobre o processo referente ao aumento da cota das usinas do Rio Madeira, relatando sobre os impactos que ocorreram na Comunidade Paulo Leal, que sofreu indiretamente com o fim da Cachoeira do Santo Antônio. “Muitos dos moradores da comunidade vendiam produtos na principal estrada que dava acesso à Cachoeira de Santo Antônio, porém, com a construção da Usina e o fim da passagem dos pescadores e turistas, acabamos perdendo esta fonte de renda” comentou Francisco.
O impacto ambiental foi outro ponto que afetou os moradores da comunidade. Após a construção da usina, houve considerado aumento de mosquitos e animais peçonhentos, que além de causar incômodo, oferecem riscos aos moradores.
Outro ponto comentado pelo morador é sobre a falta de transporte público na comunidade. Há cerca de três anos os moradores não dispõem deste serviço, pois a empresa que realizava o transporte encerrou as atividades após os veículos quebrarem devido as estradas ruins e o baixo número de passageiros atendidos.
Francisco relatou que o Movimento dos Atingidos pelas Barragens (MAB) fez reuniões na comunidade para tratar sobre os impactos sofridos e, inclusive, foi impetrada ação contra a Usina de Santo Antônio. “Nós queremos saber o que a usina irá dar em forma de benefício aos moradores, independentemente de ser aprovado ou não o aumento desta cota, pois hoje em dia nós já sofremos com os impactos” desabafou o presidente da associação.
O deputado Jesuíno afirmou que irá conversar com os demais parlamentares logo ocorra o retorno das atividades na Assembleia Legislativa, o que está previsto para o próximo dia 20. “É muito importante a participação da comunidade nas reuniões, para que fiquem cientes de tudo que é discutido e apresentem seus anseios perante os problemas que vivem” concluiu Boabaid.
ALE/RO – DECOM – Assessoria