Na última semana o Deputado Jesuíno Boabaid (PMN) esteve reunido com a secretária de educação do Estado de Rondônia, Fátima Gavioli, com o coronel PM Apolônio, a tenente PM Ossuci, de Jaci-Paraná e também com o tenente Edmar Correia, de Ji-Paraná.
O encontro foi para tratar sobre a militarização de algumas escolas na Capital e também em cidades do interior do estado, visando instalar uma doutrina nas instituições educacionais.
A chamada “militarização” das escolas aparece como uma resposta à crescente violência no ambiente estudantil seja contra professores, servidores ou entre os próprios alunos. A principal diferença entre os colégios militares e as escolas civis, no entanto, é a questão da disciplina.
As regras dentro dessas instituições são rígidas. Apesar de a aula começar às 7h, o aluno que atravessa o portão de entrada às 6h30 é considerado atrasado. Se o uniforme não estiver impecável (há funcionários designados exclusivamente para observar isso), pode não ter acesso à sala de aula.
Há normas também sobre a aparência. Ao cruzarem com um professor, diretor ou monitor, os alunos devem prestar continência. Namorar, beijar, andar abraçado ou de mãos dadas é considerado transgressão disciplinar e os pais são chamados.
O tenente PM Correia afirmou que a ideia era de se militarizar a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Júlio Guerra, em Ji-Paraná, porém, além de o corpo docente não querer a militarização, lá o índice de conflitos gerados por alunos é baixo.
Sendo assim, estuda-se militarizar a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Juscelino Kubitschek de Oliveira, no mesmo Município. “O ideal seria a presença de 18 (dezoito) Policiais Militares trabalhando conosco na Escola, sendo 10 da Reserva Remunerada e os outros oito da ativa” disse o tenente.
Todavia, após o realinhamento dos policiais militares, o pagamento de hora extra para estes servidores foi extinto.
A Secretária Fátima Gavioli afirmou que, sendo conhecedora dos inúmeros benefícios que as escolas militarizadas levam aos alunos, gostaria de instalar 10 (dez) Escolas Militares no Estado, porém, alguns pontos dificultam a realização deste feito. Aproveitou ainda para pedir ao deputado Jesuíno, para que converse com o Governo para que veja a possibilidade de criação do pagamento de horas extras aos Policiais Militares.
Por sua vez, a TEN Ossuci, de Jaci-Paraná afirmou que se o professor falta em uma Escola Civil, normalmente algum outro professor antecipa o tempo de aula, se for possível, caso contrário os alunos ficam ociosos, muitas vezes fazendo baderna em sala de aula, ou até mesmo perambulando pelas dependências da unidade escolar.
“Com a militarização das escolas isto não aconteceria, pois se caso algum professor faltasse, um Policial Militar iria usar o tempo de aula para falar sobre doutrinas e cidadania” afirmou.
Declarou ainda que a ideia de militarizar uma das escolas daquela região é totalmente aceitável pela comunidade, apenas uma pequena parte, uma espécie de “grupinho”, formada por alguns professores e membros da direção, é contrária ao projeto, com o intuito de prejudicar o bom andamento do mesmo.
Jesuíno Boabaid por sua vez, defendeu a militarização nas escolas, pois, segundo ele, disciplina é necessária para o aprendizado dos alunos, que além de seguirem uma doutrina nas dependências da escola, obtém-se também o conhecimento de respeito ao próximo.
“Todos os anos o Ministério da Educação (MEC) divulga a lista das Escolas Públicas que tiveram as melhores notas no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), e sempre é notória a presença de escolas militarizadas nesta lista. Isso se deve a disciplina e organização na escola, além da sensação de responsabilidade dos alunos pelos deveres, bem como punição aos “desvios comportamentais” calendários de aulas visando um melhor aprendizado, e afins” declarou o parlamentar.
Será estudada a possibilidade de se instalar a militarização escolar em quatro escolas de Porto Velho e duas em Ji-Paraná. Futuramente será marcada outra reunião para que se discuta novamente o assunto.
ALE/RO – DECOM – [Assessoria]
Foto: Assessoria
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