Na sessão ordinária desta quarta-feira (7), o deputado Jesuíno Boabaid (PMN) falou da sua preocupação com a liberação de recursos para o governo de Rondônia, diante da prisão de servidores da Sedam na Operação Pau Oco, deflagrada pela Delegacia de Repressão as Ações Criminosa Organizadas de Cacoal (Draco/Interior), em parceria com o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco/RO) e o Ministério Público de Rondônia (MP/RO).
A operação Pau Oco é a primeira etapa de uma investigação que apura o envolvimento de servidores públicos comissionados, lotados na Secretaria de Desenvolvimento Ambiental (Sedam) em diversos delitos, tais como integrar ou chefiar organização criminosa, falsidade ideológica, lavagem de capitais e crimes contra a administração ambiental.
“Precisamos ter muita cautela na aprovação de liberação de recursos para o Executivo, pois estamos representando nosso Estado e não queremos ser cúmplices do mau uso do dinheiro público. Eu fico triste em ver nossos recursos sendo distribuídos de forma incorreta, pois a nossa saúde está há anos pedindo socorro e quase nada tem sido feito”, disse Jesuíno.
Convenção
O parlamentar comentou ainda, que recebeu informações preocupantes de uma convenção realizada na noite de ontem (6) no município de Rolim de Moura. “Durante a convenção, os filiados levantaram o nome de um representante para o PSL e em seguida o vice-governador eleito Jose Atílio Salazar Martins (Zé Jodan) mandou que todos se calassem e disse que, não aceitava o nome sugerido e caso fosse contrariado, o município não iria receber recursos a partir do novo mandato”, afirmou Jesuíno.
Em aparte, o deputado Jean de Oliveira (MDB) justificou que conhece o vice-governador e não acredita tenha sido capaz de agir e fazer tais ameaças. “Mas caso seja verdade e essa seja a metodologia adotada pelos novos governantes, eu como representante daquela região, estarei aqui lutando para garantir esses recursos”, afirmou.
Mulheres
Jesuíno Boabaid falou também de um fato que ocorreu no pleito eleitoral de 2018, em relação a cota de mulheres candidatas do PSL no Estado. “Sabemos que a Lei prevê que pelo menos 30% dos candidatos devem ser do sexo feminino e temos informações e documentos, que provam que o PSL agiu de forma fraudenta. Eles lançaram três candidatas que sequer eram filiadas, usando apenas um documento que não serve de comprovação para o TRE”, explica.
O parlamentar afirma que fará o possível para que essa ação seja investigada e todas as fraudes sejam punidas. “Caso a procuradoria não entre com as ações, meu partido irá entrar com uma ação para que o TRE se manifeste a respeito dessa fraude, pois caso a situação não seja apurada e punida, eles estarão abrindo precedente para futuras fraudes”, finalizou.
ALE/RO – DECOM – Laila Moraes