No Plenarinho, nesta terça-feira (15), o deputado Jesuíno Boabaid (PTdoB) ouviu o superintendente da Paz, Waldo Alves. Ele foi convidado a comparecer à Assembleia Legislativa para explicar as atividades desenvolvidas pelo órgão.
Inicialmente Jesuíno perguntou sobre a atuação e também porque houve mudança da nomenclatura de Secretaria da Paz (Sepaz) para Superintendência da Paz e agora o governo pretende a transformação em Superintendência de Políticas conta as Drogas (Sepod).
O deputado ouviu as explicações e disse não ser contra ações desenvolvidas pelo governo. “Ajudo em tudo o que for bom”, acrescentou. Waldo Alves entregou um relatório ao parlamentar e disse que irá posteriormente ao seu gabinete.
“Agradeço ao senhor, que destinou emenda parlamentar anteriormente, que infelizmente não foi utilizada. Mas sei que o senhor destinará novamente quando for o momento”, disse Waldo Alves.
O superintendente explicou que assumiu há 50 dias a Secretaria da Paz, autodenominada Superintendência da Paz. Explicou que o Estado está em guerra, mas contra as drogas, por isso o órgão passará a ser denominado Superintendência de Políticas contra Drogas.
Ele citou o Projeto Acolher, de acolhimento a moradores de rua, com tendas montadas em frente à rodoviária e ao Palácio Getúlio Vargas, levando atendimento médico e de corte de cabelo. Segundo ele, o objetivo é formar vínculos com moradores de rua, para depois retirá-los das ruas.
Waldo Alves explicou que a superintendência deverá ir às escolas e aos bairros. “Teremos uma enfermeira e uma médica. Estamos identificando o perfil de pessoas a serem tratadas”, acrescentou.
Ele disse, ainda, que o objetivo não é somente tratar a dependência, e sim oferecer treinamento para que posteriormente o dependente possa conseguir um emprego.
Jesuíno Boabaid perguntou sobre os programas da Sepaz e quantas pessoas foram atendidas. Também questionou os valores gastos pela superintendência e sobre os cargos comissionados.
O parlamentar afirmou que as drogas incentivam os crimes. “Quando fui policial acompanhei casos de pessoas presas com drogas, levadas à delegacia. O delegado não podia fazer muita coisa”, destacou.
Ele disse esperar que a Sepaz cumpra com seu papel. “Não estou ofendendo, mas tem muitos cargos no governo todo”, acrescentou, indagando se a superintendência ficará restrita ao combate às drogas.
Waldo Alves explicou que a superintendência trabalhará com ressocialização de apenados. “Peço um voto de confiança. Eu assumi agora. As drogas influenciam na segurança pública. Nosso trabalho é estatístico. Vamos dar suporte à Polícia Militar e demais órgãos”, detalhou.
Jesuíno afirmou que o Estado tem o poder de resolver muita coisa. Citou o caso do bairro Universitário, que será desapropriado devido à ação de deputados, que destinaram R$ 2,1 milhões para indenizar a pessoa que se diz proprietário da área. Ele citou que foi uma ação conjunta do Executivo e do Legislativo. “Assim, digo que muita coisa pode ser feita”, acrescentou.
O deputado disse que assumiu uma cadeira na Assembleia Legislativa em fevereiro, mas busca fazer um trabalho diferenciado, defendendo o povo.
“Aonde o cidadão comum não chega, eu chego. Não tenho problema em falar e cobrar, sem medo. Em defesa de uma categoria, fui preso e demitido do serviço público, mas não me arrependo, porque os policiais militares tiveram melhores condições de trabalho e reajuste salarial”, afirmou o parlamentar.
ALE/RO – DECOM – [Nilton Salina]
Foto: Estagiária Isadora Istolano